Acho que estou sendo incoerente!
Minha experiencia no Brasil nao pode servir de base a ninguem! Recebo muitos emails de gente perguntando se deve voltar, e eu sempre digo um classico "NAO"
Mas quem sou eu pra dizer NAO? Me perdoem por isso!
Cada um tem um objetivo, uma vida, uma familia.... E o que pra mim foi pessimo, pra outros podera ser maravilhoso!
Quando digo nao, tenho motivos que PRA MIM, sao mais que suficientes! Ja enumerei-os varias vezes.... E vcs ja sabem de cor e salteado o que penso!
Mas como tirar a coragem de quem quer tentar? Isso nao eh justo!
Desculpem! Mas eu as vezes tento alertar pra que nao passem o que eu passo; nao viver, o que vivo. Mas seu destino estaria entao, fadado a ser igual ao meu? OBVIO QUE NAO!
Eu vim pra ca sem vontade, vim por amor a minha mae, mas nao por escolha de morar no Brasil... Eu tentei me adaptar... nao deu!
Quantas de vcs tem familia (pai, mae, irmaos, sobrinhos), e essa saudade eh mais que multiplicada pelo amor que vcs sentem por cada um deles.... e voltar eh tudo que pensa!?
Eu sinto falta da minha mae, eu gosto dela por perto apesar dela ser dificil. Nao sou uma megera, nao! Mas eu construi uma familia... e viver no Brasil esta deteriorando a minha familia!
Desculpem... mas quando eu falo "NAO" a minha intencao eh boa! Desculpem, por ter deixado uma virgula no meio do caminho, colocando-a numa corda bamba pra decidir se vale a pena voltar!
Digo de coracao: "Quer vir? Venha! Viva aqui, tente! Quem sabe nao da certissimo?"
Se der certo, fico feliz por vc! Se nao, ao menos tentou! Ao menos viveu, e tirou por si so, as conclusoes do rumo de sua vida, sem interferencias e opinioes externas!
Beijos
Fabi
6 comentários:
É Fabi, eu sei de gente que voltou pro Brasil e está bem, super bem, tão bem quanto estava aqui. Vc voltou por motivos fortes e não por uma escolha. Seu marido foi por vc e não por escolha dele...se as coisas tivessem sido decididas por outros motivos, talvez vcs estivessem numa boa e nem quisessem voltar pra cá. Mas cada um tem a sua vida e seus motivos, cada um precisa escolher por si. Beijos.
Fabi,
É por isso que eu tbem sempre dei minha opinião, quando pedida, dizendo que "no meu caso" não deu certo no Brasil e que a pessoa deve ter muito cuidado neste tipo de decisão, assim como em qualquer outra é claro.
No começo me arrependi por eu e o Martin termos decidido começar nossa vida no Brasil qdo nos casamos sem levar algumas possibilidades em consideração; acabamos vindo para a Holanda com o rabinho entre as pernas e não foi fácil por isso sempre falei e continuo falando que há que se tomar cuidado em alguns aspectos importantes na hora da decisão de ir morar no Brasil.
Por outro lado, acho maravilhoso o fato dele já ter vivido, experienciado como é viver num país que não é o seu. Desse modo, ele sabe exatamente como me sinto em muitas situações por aqui e dá um valor especial à isso :)
Beijos!
Complicado....eu, em todos os paises que ja moramos, mesmo quando nao estou trabalhando, me adapto muito mais facil pois sei que e temporario. Quando nos mudamos para a Hungria, o fato de parecer para sempre tornou tudo mais dificil... como se eu tivesse a obrigacao de gostar de tudo e fazer amigos...o que me fez sentir muito sozinha, apesar de eu ter a familia do Pali e os amigos dele....e uma situacao sempre complicada....mas tem que dar tempo ao tempo. O para sempre na Hungria ainda nao aconteceu (agora estamos na Noruega :) mas tenho medo da pressao de voltar para la....
beijos
Nadia
Eita...o blog tá de cara nova. Tomei um susto quando entrei! rs
Ai menina, li os dois ultimos posts..nem sei o que dizer, viu? Eu que passei uma temporada na Argentina não queria voltar pro Brasil, entrei no avião morrendo de vontade de chorar. E olha que foi ali, na Argentina...um país sucateado mas q ainda consegue ser mais seguro que Recife. rs Mas quem sabe se Djan tivesse dado uma chance ao Brasil (apesar de tudo) as coisas não fossem mais faceis? Afinal de contas ele vai ter q ficar aqui por algum tempo. Vc o seguiu pro fim de mundo da Hungria, largou sua profissão, tentou aprender hungaro. Agora é a vez dele...mesmo sendo provisorio. Já diria Clarice Lispector: o amor é uma via de mão dupla.
Mas eu entendo o desespero dele, miga. rsrs
A mesma ideia pode ser dada a quem quer vir para a Europa. É uma barra, nem todo mundo se adapta, nem todo mundo é feliz. Mas se você esta é a sua, tente. O trabalho e muito, a distância é dolorosa, mas se for o que você quer fazer da sua vida faça. Melhor que ficar se arrependendo por não ter tentado.
E você, minha amiga, espero que você possa voltar e cuidar de você mesma e da sua família. Eu tive a sorte de ter meus irmãos minha mãe para cuidarem do meu pai até o último momento (literalmente o último suspiro).
Foi extremamente triste e stressante acompanhar o progresso da doença de longe, como estrangeira à minha própria família. Isso já me roubou muitas horas de sono e um dia ainda vai me render umas boas horas de terapia...
Fabiana,
Concordo com a Ana Paula, até porque , vivo uma situacão semelhante com meu pai.
Escrevi meu comentário via e-mail.
Um grande abraco,
Susana
Postar um comentário